domingo, 24 de agosto de 2008

Hanna em Anápolis, Pedreiros e Religião

Sei que meu pai veio ao Brasil em busca de um tio (na verdade um primo de segundo grau) chamado Issa Hajjar, homônimo do meu avô, que traduziu o nome e foi bastante influente na regiâo de Anápolis e do triângulo mineiro, o Messias Pedreiro. Não sei muito sobre a história do meu pai nessa época, só que os Pedreiro plantavam, tinham um armazém e meu pai trabalhou com eles lá um tempo.
Meu pai também teve umas experiências com centros espíritas nessa época. (Na verdade seu Hanna sempre foi muito cético, e nossa discussão girava em torno de ele não aceitar Deus ou qualquer fenômeno, com uma postura bastante materialista, mas principalmente dizendo que a igreja e a religião foram culpadas pelas "trevas" da idade média e do povo árabe até hoje. Eu contra-argumentava dizendo que ele combatia as instituições, a religião cristã, judaica e maometana, mas que isso não era Deus, as três religiões eram interpretações de Deus. Com bem poucas pessoas eu tenho hoje a intensidade que tinha com meu pai). Chamaram-no para participar de um "culto", disseram a ele que ele tinha mediunidade, que precisava desenvolver, e ele foi. O "cavalo" (quem recebe o espírito, em uma terminologia das religiões de origem africanas) recebeu um espírito, que falava para Hanna coisas desconexas... talvez pelo obstáculo da língua... o fato é que Hanna, após algumas sessões, não quis mais saber de religiões, indo à igrejas e afins em ocasiões especiais e quando realmente era necessário. É tudo que sei até o momento sobre o período em que meu pai esteve em Anápolis.

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