Acordo estranho. Converso comigo mesmo, enquanto preparo o café. Vejo o tio Semaan, cachecol e boina, me observando e conversando comigo dentro da minha cabeça:
- E ai, tio, ainda por aqui?
- tenho que terminar umas coisinhas... - responde o tio Semaan, reticente.
- E meu pai, tio, como ele está? - pergunto.
- Seu pai, em tempos de primavera árabe, está muito ocupado... fazendo algumas cabeças.
- É, eu precisava dele também...
- Não, não precisa, Babel - responde o tio Semaan em tom repreensivo e ao mesmo tempo professoral - Você tem tudo o que precisa aqui mesmo.
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